Por Maher Alkhatib para o Jornal Eletrônico El-Nashra
Embora a maioria das forças políticas saibam que seus postos não são capazes de causar qualquer brecha importante na eleição presidencial, alguns dos políticos ainda insistem em ir para batalhas paralelas, como a questão do quórum para as sessões parlamentares designadas para eleições, ou propor iniciativas cujo resultado é conhecido antecipadamente, como se bastasse apenas dizer que existe uma movimentação interna que pode produzir o resultado desejado. No Líbano, os fatores externos desempenham um papel decisivo nas eleições importantes, especialmente as presidenciais, e esta questão sempre esteve presente em várias circunstâncias, sejam ordinárias ou excepcionais, e hoje é quase unanimidade, tendo em vista as atuais condições no local e internacional, que o papel desses fatores será maior.
Neste contexto, fontes parlamentares apontam, via “El-Nashra”, que apesar de tudo o que está anunciado nos cargos oficiais, a maioria das forças políticas aceitou a impossibilidade de eleger um presidente até depois de uma visão clara dos desenvolvimentos acontecendo no nível da Região, especialmente que os atores internacionais consideram que esses desenvolvimentos podem levar a uma nova realidade, embora não estejam dispostos a aceitar a exclusão do Líbano do que está acontecendo ao seu redor. Do ponto de vista das próprias fontes, o único ponto positivo que pode ser registrado é a relutância em prejudicar a estabilidade local por qualquer parte externa, pelo menos até agora, como a ênfase constante na importância de não atingir esse estágio, que se traduz na prática no apoio prestado às instituições militares e de segurança, de forma a manter um nível mínimo de estabilidade, até porque estes atores não estão prestes a cair numa grande crise regional no Médio Oriente.
Essas fontes indicam que, segundo as informações disponíveis, o interesse externo no dossiê libanês ainda está abaixo do nível que poderia produzir soluções, o que significa que a vaga no cargo da Presidência pode ser prolongada, ao contrário dos dados que existia após as últimas eleições parlamentares, onde se falava da necessidade de se chegar a um acordo político o mais rápido possível, e acrescentam: “Atualmente, todos estão chamando os libaneses para assumirem suas responsabilidades, o que significa que eles não têm nada a oferecem, até porque percebem que os libaneses não são capazes de produzir soluções sozinhos.”
Nos últimos dias, surgiram informações de que o presidente do Parlamento, Nabih Berri, que sempre busca desempenhar o papel de patrocinador de diálogos, está em vias de embarcar em uma nova iniciativa de diálogo, após o fracasso da anterior junto ao “Movimento Patriótico Livre” como junto ao Partido das Forças Libanesas, se baseiando na realização de encontros bilaterais com tais forças políticas ou seus blocos parlamentares.
Nos últimos dias, surgiram informações de que o presidente do Parlamento, Nabih Berri, que sempre busca desempenhar o papel de patrocinador de diálogos, está em vias de embarcar em uma nova iniciativa, após o fracasso da anterior tanto com o “Movimento Patriótico Livre” como com o Partido das Forças Libanesas, que se baseariam na realização de encontros bilaterais com tais forças políticas ou blocos parlamentares. Sobre esta questão, fontes políticas apontam, via El-Nashra, que não é fácil para o Presidente do Parlamento conseguir apresentar qualquer solução viável, tanto mais que muitas forças políticas, sejam aliadas ou adversárias, recorrem a ele, e por isso não o trata como neutro, pois considera que o objetivo da convocação, caso ocorra, não irá além de buscar descongestionar e passar o tempo.
Em conclusão, essas fontes indicam que Berri percebe mais do que ninguém, devido à sua experiência política, que o direito não será apenas interno, mas que, por sua vez, ele pode estar disposto a trabalhar na preparação do terreno apropriado para acompanhar o ritmo qualquer desenvolvimento externo positivo, ou pelo menos limitando as repercussões de qualquer desenvolvimento negativo no cenário local e, portanto, se ele conseguir obter consenso sobre a necessidade de diálogo, a fim de chegar a acordos e encerrar a etapa desafiadora, ele terá alcançado uma grande conquista.