Por Maher Al Khatib para o site Elnashra do Líbano – Tradução – Dr. Assad Frangieh
Apesar da aproximação da data das eleições presidenciais, até agora não surgiu nenhum nome capaz de ser o próximo presidente, pelo contrário, entre os potenciais candidatos, apenas apareceram dois nomes: O primeiro é o chefe do movimento “Marada ”, o ex-deputado Suleiman Frangieh. O segundo é o comandante do exército libanês, General Joseph Aoun, sem que nenhuma nomeação tenha sido anunciada.
Simultaneamente, surgiu um conjunto de especificações que cada equipa procura promover, sem que uma pessoa se atreva a nomear uma pessoa determinada, trabalhando para garantir o consenso em torno dela ou abrindo caminho para travar a sua batalha sob a cúpula do Parlamento, o que sugere que todos têm medo de chegar a este momento, que é o que o chefe do Partido Socialista Progressivo, Walid Jumblatt, expressou claramente ontem, que não ousaria sugerir nomes, porque seria descrito como um “traidor”.
Esta realidade deve-se sobretudo, segundo confirmam fontes parlamentares para este jornal (Elnashra), ao fato de ainda não ter começado uma ação séria sobre este processo eleitoral, dadas as diferenças existentes dentro de cada grupo, pois indicam que as forças do 8 de Março não iniciaram um entendimento sobre um nome com o Movimento Patriótico Livre, enquanto essas forças, ou um de seus pilares mais proeminentes, o Hezbollah, não pude contornar o portão do movimento, que agora está estabelecendo condições difíceis de cumprir.
Por outro lado, as mesmas fontes apontam que as posições contraditórias entre o partido “Forças Libanesas” e o “Partido Socialista Progressista”, surgidas nos últimos dias, confirmam a dificuldade de entendimento sobre um nome unificado, especialmente desde que as “forças libanesas” considera o que é necessário para votar num presidente “desafiador”, enquanto isso, o Progressita tem outras contas que o levam a preferir o entendimento o que o levou a reativar os canais de comunicação com o Hezbollah.
No nível de representantes independentes e reformadores, essas fontes acreditam que a diferença de atitudes entre eles pode dificultar o acordo sobre um único candidato, a menos que haja pressões externas nessa direção, mas levantam muitos pontos de interrogação sobre se essas pressões vão empurrá-los para um partido político, um candidato “consensual” ou um candidato “desafio”, e ela afirma que esse assunto ainda não surgiu, uma vez que forças externas influentes parecem estar preocupadas com questões mais importantes.
Neste contexto, fontes políticas que acompanharam o desenrolar das eleições presidenciais apontaram, através do boletim, que nem todos se atrevem a ir adoptar qualquer candidato, dado que isso levará à queima do seu papel ou a desavenças com aliados, o que leva todos a contentar-se em falar apenas de especificações, e indicar que é isso que impede, por exemplo, o “Hezbollah” de adotar qualquer nome entre seus aliados, especialmente Frangieh, já que isso levará a vetos internos e externos.
As mesmas fontes deixam claro que adotar o líder do movimento “Marada” sem garantir os fundamentos necessários para isso, seja por meio de um entendimento com o “Movimento Patriótico Livre” ou o “Partido Socialista Progressista” ou os representantes que orbitam o ex-partido Futuro, não levará a nenhum resultado prático. Ao contrário, pode empurrar outros, sejam aliados ou adversários, a buscar entendimentos com outras potências, e confirmar que o mesmo acontecerá se qualquer outra equipe for adotar qualquer proposta ou nome.
Em suma, estas fontes sublinham que a emergência de nomes reais será no momento de se chegar a um acordo, não sendo de excluir que, na eventualidade de qualquer sessão eleitoral realizada antes disso, votar em nomes que não têm hipóteses, por receio de de queimar aqueles sobre os quais a aposta está sendo feita. Para cada equipe, fica a pergunta sobre quem irá adotar primeiro algum nome definitivo para Presidente?