A União Libanesa da Diáspora é uma Associação Brasileira que agrega líderes e membros da Comunidade Libanesa no Brasil com sede em São Paulo.

Mandato de enriquecimento ilícito contra o Governador do Banco Central do Líbano

Almayadeen.net – Tradução e adaptação Dr. Assad Frangieh

Depois que um mandado de prisão foi emitido para o irmão do governador do Banque du Liban, Riad Salameh, a Juíza libanesa, Ghada Aoun, acusou Salameh de “enriquecimento ilícito”.

A promotora de apelação no Distrito de Monte Líbano, a juíza Ghada Aoun, anunciou hoje que acusou o Governador do Banque du Liban, Riad Salameh, de “enriquecimento ilícito”, dias depois que ela emitiu um mandado de prisão para seu irmão, Raja, no mesmo caso. Aoun disse à Reuters que Salameh não compareceu à sessão nesta segunda-feira 21/03/2022, e portanto ele foi acusado à revelia, explicando que a acusação estava relacionada à compra e aluguel de apartamentos em Paris, alguns dos quais pertencem ao Banco Central do Líbano.

A Juíza Aoun decidiu colocar um “sinal de advertência” em todas as propriedades imobiliárias pertencentes ao irmão do Governador do Banque du Liban. A Reuters informou em fevereiro passado que o Banco Central do Líbano impôs comissões aos bancos comerciais no Líbano depois que eles compraram títulos do governo por mais de uma década, sem esclarecer que a maior parte dessas comissões foi para uma empresa controlada pelo irmão de Salameh.

O governador do Banco Central Libanês enfrenta outras investigações no Líbano e em muitos países europeus, incluindo a Suíça, devido a alegações de lavagem de dinheiro e desvio de centenas de milhões de dólares do banco, investigações às quais seu irmão mais novo Raja também está sujeito. Salameh não respondeu ao pedido de “habeas corpus”, não foi submetido a interrogatório e solicitou que a Juíz  Ghada Aoun fosse removida do caso por imparcialidade. O juiz tentou repetidamente trazer Riad Salameh para interrogatório sobre alegações de má gestão e fraude. Em 11 de janeiro, Aoun emitiu uma proibição de viagem contra Salameh, com base em uma queixa apresentada pelo departamento jurídico da ONG “O Povo Quer Reforma do Sistema”.

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