A União Libanesa da Diáspora é uma Associação Brasileira que agrega líderes e membros da Comunidade Libanesa no Brasil com sede em São Paulo.

O Brasil pode ser um modelo de solução da crise no Líbano?

O Brasil foi destruído pelo FMI e revivido pela economia produtiva

Por Dr. Mahmoud Jebai – Tradução Dr. Assad Frangieh.

Os responsáveis ​​pelas políticas econômicas, financeiras e monetárias no Líbano estão tentando estabelecer um conceito muito errado na mente da maioria dos libaneses, que é que o FMI é o único porto seguro para o Líbano sair de suas crises exacerbadas nos três níveis que administram há mais de 30 anos, sabendo que os resultados de sua desastrosa política não são de bom presságio.

Fundo Monetário Internacional.

As experiências anteriores dessa instituição com vários países indicam que seus empréstimos e condições agravaram as crises desses países e nunca foram um caminho de solução, como aconteceu na experiência do Brasil, cujo povo sofreu com desastres vivos e econômicos por causa do FMI antes que o Estado brasileiro decidiu abandonar essas condições e avançar para a reativação da atividade econômica isolada das decisões do Fundo Monetário Internacional.

A amarga experiência do Brasil com o FMI apesar da resposta do Brasil a todas as condições do Fundo sem qualquer violação, a crise financeira e econômica se agravou mais do que antes após a contribuição das condições do Fundo para uma concentração de renda escandalosa, já que apenas cerca de 1% da população recebia mais da metade da renda nacional, o que contribuiu para a redução da classe média e milhões de cidadãos brasileiros caíssem abaixo da linha da pobreza. Isso levou o governo a tomar novamente um empréstimo do Fundo no valor de US$ 5 bilhões, acreditando que o FMI, como os libaneses agora acreditam, é a única saída para suas crises. Mas a dura verdade foi o contrário, à medida que as coisas pioraram, a corrupção se espalhou mais amplamente, a dívida pública se multiplicou em torno de 10 vezes mais e a moeda desmoronou cada vez mais, o que colocou o Brasil entre os países praticamente falidos por causa de sua consistência com as decisões do Fundo, que é administrado por países que não querem nenhum bem para um país muito importante da América Latina e para não ameaçar seus interesses nessa área.

Abandonar o fundo reviveu a economia.

A economia brasileira continuou a vacilar até 2003, quando os brasileiros elegeram um novo presidente, Lula da Silva. O presidente abandonou de imediato a colaboração com o fundo, que só trouxe ruína e destruição ao país, e lançou a obra dentro de um plano de recuperação económica que assentou investimentos nos setores agrícola e industrial, aproveitando as vastas terras da União, oferecendo incentivos fiscais e facilidades de investimento, o que atraiu investidores estrangeiros e expatriados brasileiros, que retornaram – aproximadamente 2 milhões de pessoas que investiram e que contribuiu para a obtenção de resultados econômicos surpreendentes, à medida que a produção aumentava, a taxa de as exportações aumentaram e os lucros se expandiram, o que permitiu ao Brasil, em 4 anos, pagar todos os empréstimos que lhe eram devidos, mas algo ainda maior aconteceu, pois um fundo emprestado do Fundo Monetário Internacional recebeu 14 bilhões de dólares do próprio Brasil após a crise global de 2008

Resumo, o Brasil foi um exemplo vivo das políticas do FMI que atendem apenas aos interesses de seus operadores, e só conseguiu sair de suas crises contando com sua energia doméstica por meio de um plano de estímulo que incentiva investimentos e está aberto a todas as ofertas. Será que o Líbano aprende algo com esta experiência?

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