A União Libanesa da Diáspora é uma Associação Brasileira que agrega líderes e membros da Comunidade Libanesa no Brasil com sede em São Paulo.

O cargo de Comandante do Exército Libanês, caminha para a vagância em 10 Janeiro de 2024. E agora?

Por Dr. Assad Frangieh.

O Comandante do Exército do Líbano, General Joseph Aoun, confirmou em junho passado que o primeiro objetivo da instituição militar é proteger a Paz na Sociedade Libanesa e a estabilidade civil apesar de todas as dificuldades que abatem sobre o Líbano, e que ninguém pode substituir o Comandante do Exército, exceto o Chefe do Estado-Maior. No Líbano, a indicação do mais alto posto militar é uma atribuição do Presidente da República. Na ausência de um Presidente e na ausência do Chefe do Estado-Maior, como fica o comando da terceira grande Instituição sobre o encargo dos Cristãos Maronitas? As outras duas, são a Presidência da República e a Governança do Banco Central.

Existem várias propostas que falam em preencher o vazio de liderança, mas todas elas apenas se limitam a remendar a solução, em razão da ausência de um Presidente da República. Há quem considere que o oficial mais graduado do Conselho Militar, o Major-General Pierre Saab, é quem substitui o comandante, e há quem considere que o oficial mais graduado entre os adjuntos do Chefe do Estado-Maior que deveria assumir a responsabilidade, o Brigadeiro-General Piloto Ziad Heikal. A outra sugestão é prorrogar o mandato do atual Comandante Joseph Aoun, mas isso demanda alteração constitucional e que poderá ser ampliada aos outros 800 oficiais de diferentes patentes que exigirão o mesmo Direito. Alguns a favor e outros contra.

O perigo de chegar a esta data sem resolver a questão esconde um sério perigo. O cargo de Comando do Exército não é semelhante a outros cargos, porque controla as decisões militares de modo que parece ser a única instituição que ainda representa a continuidade do Estado. Ameaçar a sua unidade e a centralização da tomada de decisões no seu seio, pode destruir a última garantia para prevenir um caos social. Porém, o que mais ameaça a estabilidade política e social, é a divisão profunda entre os políticos, as ingerências externas e os próprios libaneses divididos em sectarismo e interesses conflitantes.

Só podemos assistir o que acontecerá.

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