A União Libanesa da Diáspora é uma Associação Brasileira que agrega líderes e membros da Comunidade Libanesa no Brasil com sede em São Paulo.

Ó libanês, Espere pela nota de papel de um milhão!

Emad Chidiac – Jornal Eletrônico Assas
Domingo, 27 de junho de 2021.
Tradução Assad Frangieh para o Oriente Mídia

Com a cotação do dólar atingindo mais de 17.500 pela primeira vez desde o início da crise, a lira libanesa perdeu seu poder de compra em cerca de 1150%. Este número pode parecer difícil de compreender, mas podemos contar com outro exemplo capaz de aproximar o quadro: a Nota verde de 100 mil liras libanesas, que antes da crise era igual a 65 dólares, hoje vale apenas 5,6 dólares, o que é o valor de apenas 8.500 liras libanesas. Nada mais! Isso significa que a maior nota de moeda libanesa não vale mais do que cinco dólares, e isso indica que estamos perto de abandonar as moedas de 250 e 500 liras, por sua incapacidade de comprar qualquer propósito, e talvez começar a pensar, com cuidado e seriedade, em imprimir em papel moeda de uma nota com denominação de 500 mil ou um milhão … e talvez ainda maior, como o que a “vizinha” Síria fez, no início deste ano, em colocar a nota de 5.000 Liras Sírias.

Fontes bancárias na capital, Beirute, revelaram ao “Jornal Eletrônico Assas” que a maioria dos cambistas da capital parou de vender o dólar ontem, (sábado 26/06/2021), e se concentrou em comprá-lo apenas na expectativa de novos aumentos no início da próxima semana. Assim, ontem em Beirute, a taxa de câmbio do dólar atingiu o patamar de 18 mil, registrando 17.600 liras para compra e 17.500 liras para venda, acompanhados de saltos invisíveis em aplicativos de smartphones, cujo tamanho chegou a 300 liras em cada salto. Fontes bancárias na capital, Beirute, revelaram ao “Jornal Eletrônico Assas” que “a maioria dos cambistas da capital parou de vender o dólar ontem, sábado, e se concentrou em comprá-lo apenas na expectativa de novos aumentos no início da próxima semana.” O ambiente político e econômico indica que podemos estar enfrentando uma grande oscilação da taxa de câmbio, o que foi mencionado anteriormente pelo “Jornal Eletrônico Assas” há algumas semanas em mais de um artigo. Naquela época, “Jornal Eletrônico Assas” sugeriu que a taxa de câmbio do dólar alcançaria o dobro do número em que o Banque du Liban vende seus dólares para importadores e comerciantes (12.000 contra 24.000 LL) … e estamos nos aproximando desse limite rapidamente. Já as lojas de Beirute fecharam as portas e também esperaram para vender mercadorias, aguardando que o clima melhorasse no início da próxima semana, em meio à expectativa de que essa grande flutuação da taxa de câmbio continuaria para cima e para baixo nos próximos dias para sacar tantos dólares quanto possível, em meio a um silêncio ensurdecedor do banco Central desde sexta-feira passada. O ambiente político e econômico indica que podemos estar enfrentando uma grande oscilação na taxa de câmbio, que já foi mencionada pelo “Jornal Eletrônico Assas” semanas atrás em mais de um artigo.

Fontes no Bekaa para “Jornal Eletrônico Assas” apontaram que a taxa de câmbio em Chtaura(Leste do Líbano) atingiu 17.100 liras na noite de sexta-feira para compra, antecipando o grande salto que o mercado testemunhou em Beirute ontem de manhã, enquanto cambistas ilegais em Bekaa estavam comprando ontem ao meio-dia, Sábado, ao preço de 18.100 liras. As mesmas fontes confirmaram que o mercado de Trípoli foi o primeiro a iniciar a demanda pelo dólar desta forma intensa desde a tarde de sexta-feira, a um preço inicial que partia de 16.700 liras. Isso significa que essas duas cidades, próximas à fronteira com a Síria, são as que iniciaram a demanda pelo dólar, e fizeram com que ele subisse tão loucamente, para fins que podem estar relacionados às necessidades de alguns comerciantes dentro da Síria e não no Líbano!

Consequentemente, tudo o que foi mencionado acima pressagia a entrada em uma nova fase chamada de “Interrupção do subsídio” e “luta pelo dólar” por 3 partes:

1- Os bancos devem pagar os $ 400 em depósitos.
2- Comerciantes para financiar importações (independentemente de serem libaneses ou sírios).
3- O Banque du Liban para cumprir suas promessas ao governo e ao pacto. O Banque du Liban havia concordado anteriormente em financiar os combustíveis da Electricité du Liban e, durante a reunião da Baabda, há poucos dias, concordou em financiar gasolina e diesel para os próximos meses, a uma taxa de câmbio de 3.900 liras, a partir do início da próxima semana. Esse financiamento, por sua vez, definirá os preços das mercadorias que serão afetadas pelo aumento dos custos de transporte, sem falar nos subsídios do remédio e do trigo, que ele diz não abandonar o apoio.

Concluindo, fica claro para nós com tudo isso que entramos em um ciclo de colapso acelerado dentro da cadeia hiperinflacionária e que o que consumirmos hoje pode não ser capaz de comprar nos próximos dias. Aqui estamos nos olhos do Modelo Venezuelano!

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