A cada eleição parlamentar no Líbano (de 4 em 4 anos), algumas correntes políticas propõem reduzir a idade de voto de 21 para 18 para aumentar a participação dos jovens na tomada de decisões políticas, com o que é adotado na maioria dos países do mundo.
Esta demanda colide com a questão sectária. Se a idade para votar for reduzida nas próximas eleições de 2022, o número de eleitores aumentará em 280.000 eleitores, 180.000 deles são muçulmanos e 100.000 são cristãos, causando um desequilíbrio maior já que o percentual de eleitores muçulmanos chegará a 67% contra 33% dos cristãos.
Novamente a composição sectária se torne um novo obstáculo à participação dos jovens. Só que daqui a quatros anos, os mesmos com 18 anos terão 22 anos e já poderão votar…. É como os problemas são empurrados pela barriga.
Assad
Só para lembrar – Em 22 de outubro de 1989 foi feito o acordo de reconciliação nacional em Taef na Arábia Saudita e que acabou com os 16 anos de guerra civil. Nele se definiu a criação de um Senado libanês composto por sectarismo igualitário entre cristãos e muçulmanos e que se restringiria aos assuntos maiores da nação e também se manteria um Parlamento (Câmara de Deputados) com redução significativa do sectarismo e a eleição de deputados num distrito único nacional (algo meio, one man one vote)…. e se passaram os anos, e tal deliberação deixou de ser aplicada. Esta era uma das propostas apadrinhada pelos Estados Unidos, Arábia Saudita e a Síria para o fim da Guerra Civil e veio o Rafik Hariri com esse propósito. A fase seguinte seria fazer a Paz entre a Síria e Israel e que foi acordada em Madri na Espanha. Nesse meio tempo, o Itshak Rabin – premiê de Israel foi assassinado por um judeu radical e o processo de Paz dançou….. e o Oriente Médio deixou de ter a esperança de paz…..