Por Dr. Assad Frangieh
Um relatório de 2016 da ESCWA – Agência das Nações Unidas para alimentação já apontavam para isso. O Líbano importa cerca de 80% de suas necessidades alimentares, o que o expõe às variações bruscas de preços e até contribui para a alta relação dívida/PIB. Apesar da disponibilidade de terras férteis e mão de obra relativamente barata, a contribuição do setor agrícola caiu para 4% do PIB. Diferentes grupos populacionais são afetados de forma diferente quando se trata de disponibilidade e acesso a alimentos, e o relatório pede uma revisão das restrições do mercado de trabalho impostas aos refugiados em um esforço para melhorar sua segurança alimentar e nutricional.
Os trabalhadores libaneses recebem salários relativamente melhores do que os refugiados, apesar do início de indicações generalizadas de insegurança alimentar e nutricional entre suas fileiras. Devido à falta de dinheiro e recursos, 49% dos libaneses pesquisados disseram estar preocupados com sua capacidade de obter comida suficiente, 31% em 2016 e atualmente 77% das famílias libaneses disseram que não conseguiam comer alimentos saudáveis e nutritivos há um ano. As redes de seguridade social do Líbano permanecem subdesenvolvidas e a taxa de pobreza que estava próxima de 30% em 2016 – hoje se relatam índices de 55%, devido em parte ao impacto das crises financeiras, monetárias e sociais e questões estruturais que remontam ao período pré-crise de 2019. A necessidade de fazer uso de tecnologia moderna, por exemplo, na melhoria da irrigação, dada a escassez de água e fracas colheitas. Mudar os padrões alimentares para aumentar o consumo de alimentos com menor valor nutricional que aumenta, os riscos à saúde, como a obesidade, o que exige conscientização para reverter essa tendência.
Algumas das principais recomendações do relatório, Construir uma parceria estratégica entre as partes interessadas locais, nacionais e internacionais para abordar questões de segurança alimentar e nutrição. Tomar medidas ao nível estratégico, como desenvolver uma estratégia nacional de segurança alimentar e nutricional. Definir prioridades para o investimento agrícola e desenvolvimento rural. Projetar, construir e expandir redes de proteção social para reduzir a vulnerabilidade de grupos vulneráveis. Divulgar a conscientização e promover padrões de alimentação e estilo de vida saudáveis.
Medidas que os Governantes do Líbano precisam tomar e os candidatos para as próximas eleições parlamentares incluírem em suas agendas. Sem isso, dias magros permanecerão.
SAID IBRAHIM ABDULMASSIH KHOURY
Que maravilha hein! o que era o Líbano e o que é hoje! INACREDITÁVEL essa situação.