A União Libanesa da Diáspora é uma Associação Brasileira que agrega líderes e membros da Comunidade Libanesa no Brasil com sede em São Paulo.

Primeira sessão do Parlamento libanês não consegue eleger Presidente da República

Por dr. Assad Frangieh

A primeira sessão do Parlamento para eleger o Presidente da República Libanesa, não conseguiu seu objetivo. Dos 128 deputados, 122 compareceram. A votação terminou com o seguinte resultado: 63 votos em branco, 36 votos para o deputado Michel Mouawad, 11 votos para Selim Edde, 10 votos escrito Líbano – um voto escrito Governo de Rashid Karami e um voto em nome de Muhsa Amini (a ativista iraniana que faleceu recentemente em Teerã).

Não é preciso muita perspicácia para saber como se distribuem os votos no Parlamento. Os votos em branco foram distribuídos entre os blocos do Movimento Patriótico Livre de Gibran Bassil, do Movimento Amal de Nabih Berri, do Hezbollah, do bloco de Frangieh e alguns deputados independentes sunitas. Enquanto as Forças Libanesas de Geagea, o Bloco de Walid Jumblatt, os deputados dos Kataeb e o bloco Democrático votaram em Michel Mouawad. 10 dos 13 deputados do bloco apelidado de Mudanças votaram em Salim Eddeh. Outros quatro deputados sunitas registraram o nome “Líbano”.

A votação mostrou a profunda cisão política no Líbano e a dificuldade de chegar a um acordo sobre um candidato, impossibilitando assim eleger um Presidente da República fora do consenso, o que é difícil de conseguir no mês que separa de o fim do mandato do Presidente da República em 31 de outubro. Tudo indica que na ausência de um Presidente eleito, o Líbano entra num período que o Premiê Nagib assume os encargos do Governo junto a um Gabinete Interino.

Resta que os trabalhos desta sessão resolveram algumas das jurisprudências constitucionais sobre as quais existem controvérsias, incluindo: O quórum para as sessões subsequentes será de 86 deputados e a realização de sessões na Câmara dos Deputados não será interrompida para a sessão de voto de confiança em caso de formação de um novo governo (antes do fim de mandato do presidente Aoun) ou outras leis.

Enquanto fora das paredes do Parlamento, o Líbano continua mergulhando e aprofundando suas crises sociais, econômicas, monetárias, políticas, haja crises!

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