A União Libanesa da Diáspora é uma Associação Brasileira que agrega líderes e membros da Comunidade Libanesa no Brasil com sede em São Paulo.

Questão de tempo a queda de Salameh governador do Banco Central do Líbano?

Por Randala Jabbour – traduzido por Assad Frangieh – publicação original Media Factory News

O governador do Banco Central do Líbano, Riad Salameh, é quase a notícia número 1 da Mídia. Não mais por seu brilhantismo e por suas conquistas de mais prêmios internacionais, reconhecimento internacional e grandes sucessos na preservação da integridade da lira libanesa, mas pelos muitos indicadores jurídicos que sugerem que a bola de neve está cada vez maior e sua queda não é mais impossível, em vez disso, tornou-se inevitável, não importa quanto tempo leve.

As fontes que mencionam alguns desses indicadores da mídia são as seguintes:

Primeiro, o presidente do Banco Central se apressou em jogar dólares no mercado e reduzir o câmbio em poucos dias de cerca de trinta mil libras para quase vinte e manter esse número até agora, além da pressa do Banco Central em anunciar sua aceitação de entregar todas as informações adicionais exigidas de Alvarez & Marsal. Para o escrutínio criminal, não é nada além de uma sensação de insegurança que o laço está apertando mais em seu pescoço e a necessidade urgente de voltar a reerguer a si mesmo endossando sua inocência de uma campanha política contra ele, se mostrando o salvador que consegue controlar o câmbio e fazer a lira se valorizar.

Em segundo a feroz campanha midiática, política e patriarcal para defender o governante, que cresceu nos últimos dias, significa que a verdade começou a surgir e influenciar a opinião pública, e que o tesoureiro do sistema da corrupção profunda precisa de proteção real, mesmo se ele pagar por isso com muito dinheiro.

Em terceiro, as ações judiciais fora do Líbano contra Salameh e seu irmão Raja e sua assistente ultrapassaram os sete e não para aí, além das correspondências jurídicas estrangeiras, sendo a última de Luxemburgo, solicitando cooperação na questão das informações financeiras de Salameh, o topo da pirâmide da autoridade financeira no Líbano desde o início dos anos noventa, para continuarem as denúncias afim de preservarem (esses países) suas reputações e prestígios jurídicos.

Em quarto a atitude corajosa da juíza Ghada Aoun em face de Salameh e todas as decisões que ela tomou contra ele, de impedi-lo de viajar, sua intimação para se apresentar ao Juizado e as liminares que confiscaram seus imóveis e carros atingindo sete propriedades imobiliárias, e há pelo menos outras seis sob a mira, significando que há aqueles que começaram a ousar em erradicar a corrupção sem medo ou hesitação, e este é um importante ponto de partida. Apenas a notícia de que ele possui mais de 13 imóveis no Líbano é suficiente para condená-lo. De onde o governador central consegue todos esses imóveis, enquanto o mais alto funcionário do estado, o Presidente da República, não possui mais de um imóvel?

Em quinto as sérias e contínuas demandas políticas, especialmente do Movimento Patriótico Livre, para demitir Salameh e responsabilizá-lo após uma série de manifestações populares importantes, principalmente perante o Banco Central em Hamra, significam que a batalha não se limita ao judiciário, mas também está na política atingindo as bases populares que vemos ativas nas redes sociais e quando necessário no campo.

Em sexto a Presidência da República nunca se dirigiu a Riad Salameh como o faz o Presidente Michel Aoun. Estas cartas por si só são suficientes para dizer que a prestação de contas está chegando.

Em sétimo os países estrangeiros que estavam entre os principais apoiadores de Salameh não querem mais garantir sua cobertura porque estão atrás de seus interesses e não estão dispostos a sacrificá-los e sua reputação por causa de qualquer um, seja ele quem for. Se Riad Salameh fosse um líder e tivesse uma ampla base popular, teria dito que tais indicações poderiam significar seu renascimento em vez de sua queda e responsabilização, e que ele está sendo submetido a campanhas políticas contrárias e o povo será seu escudo e proteção. Mas se esses indicadores se referem a um funcionário que nasceu administrativamente e politicamente no exterior e vinculado a um sistema que começou a desmoronar e do qual Saad Hariri já renunciou, Walid Jumblatt se afastando, Nabih Berri perdendo sua força e Samir Geagea perdendo suas apostas, isso significa que a queda é inevitável, mesmo que demore um pouco.

Mas essa queda não será a queda de uma pessoa já que arrastará outras com ela, e essa queda não significa apenas a perda do cargo, mas também a responsabilização. A prestação de contas deve vir, e é necessária a paciência de uma hora, que é pouco mais de sessenta minutos!

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