Um navio de extração de gás contratado por Israel chegou numa área marítima chamada Karish – Esta área é reclamada pelo Líbano como território marítimo libanês enquanto Israel alega o contrário. Há muito gás para se extrair e portanto são recursos financeiros altíssimos. O presidente Aoun disse hoje, “As negociações para demarcar as fronteiras marítimas do sul ainda estão em andamento, e qualquer ação ou atividade na área disputada constitui uma provocação e um ato hostil.” Será que estamos de novo de frente a um pavio de guerra?
Para maiores informações sobre o tema, acesse o texto postado em 2021 – https://www.uniaolibanesa.net.br/o-petroleo-do-libano-e-o-problema-de-demarcar-suas-fronteiras-maritimas/
Assad Frangieh
Hoje qualquer conflito militar envolve ingerências internacionais. O gás que Israel está querendo extrair não é para consumo interno e sim para entrar numa rede de fornecimento composta pelo Egito, Israel, Chypre e Grecia para suprimento a Europa que não consegue se livrar do gás russo em curto ou até medio prazo. De imediato, a Turquia, a Russia e até paises do Golfo em específico o Qatar “torceriam” para uma açao militar do Líbano para que interrompa a ação de Israel. A Turquia, que nao faz parte desta rede de fornecimento, enfraqueceria suas disputas pelos postos com a Grecia, o Golfo perderia os monopolios dos preços e a Russia seu status de grande fornecedora à Europa.
Portanto comparar isso a um pavio seria mais correto do que um simples conflito entre o Estado de Israel e o Líbano.