No Líbano e no Exterior, os votantes (maiores de 21 anos) podem apenas votarem nas suas zonas eleitorais que geralmente é a cidade origem. Inclusive para quem estiver no Exterior. Não há “One Man, One Vote” e por isso que os resultados das eleições dão votos com números acima da população em geral. Assim, eu na minha cidade de Zgharta, posso votar para até 3 candidatos, todos eles maronitas e nesta última eleição de 2018, havia o voto distrital ou proporcional como é chamado no Líbano. Significa que eu só podia selecionar candidatos da mesma Lista partidária. Não poderia mesclar candidatos de listas ou partidos diferentes.
Antes de 2018, o Líbano adotava o sistema eleitoral majoritário e depois se moveu para o sistema proporcional (o que deve continuar em 2022). A diferença entre eles é que, no passado, o candidato que recebia o maior número de votos ganhava as eleições, e o que recebia menos votos era eliminado da competição. Da mesma forma, as listas partidárias não eram fechadas, pois poderiam ser violadas pelos concorrentes de acordo com o número de votos obtidos, e um candidato poderia concorrer sozinho nas eleições sem entrar nesta lista. Com a mudança para o proporcional, a concorrência passou a ser entre as listas partidárias e não há mais a possibilidade de candidatos sem lista chegarem aos cargos parlamentares. Os assentos são distribuídos por percentagens, não por maioria absoluta … À medida que cada lista obtém um “quociente eleitoral”, reserva um ou mais assentos no Parlamento (com raras exceções)…. algo meio parecido com que a deputada federal brasileira queria para as eleições brasileiras. Digo a Renata Abreu….